Todo autor tem um escritor que admira, que o moldou e o inspirou em suas obras. No caso de Sandro Schulze, foi Agatha Christie, conhecida como Rainha do Crime, e John Grisham, chamado de O Rei dos Tribunais. Pelos nomes citados já dá para imaginar qual gênero o autor escreve: suspense. Sandro publicou a obra Cartas Marcadas em 2019 pela Editora Albatroz.

 

Segundo Sandro, a história começa em 1986. “A vida do jovem empresário Percy Gardon não anda muito bem. Os negócios ruins e o casamento já desgastado o levam a procurar uma saída para a solidão e o refúgio se dá nos braços de Amanda, uma linda dançarina do famoso cabaré da cidade. Mas um inusitado convite para uma festa na casa do recém-eleito governador do Rio de Janeiro pode mudar a vida do empresário. Traições, segredos e chantagens dão o tom do evento e Percy encontra naquela noite a solução para todos os seus problemas. 30 anos se passam e ele se torna um dos empresários mais ricos e poderosos da cidade. A fortuna, contudo, vem acompanhada de muitos desafetos. Misteriosamente, Percy é assassinado e a investigação do caso passa a ser acompanhada de perto pelo sério promotor Nicolas, amigo íntimo da família. No curso do inquérito, um diário anônimo é descoberto, levando as investigações para um caminho inesperado. Segredos do passado são revelados, colocando em risco a fortuna da família e a estabilidade política do país”.

 

 

Sandro conta que sempre gostou livros e filmes de suspense e romances policiais. “Me impressionava a criatividade do enredo e o desfecho surpreendente das histórias. Os livros de Agatha Christie, alguns deles transportados para as telas, despertaram a minha curiosidade para o gênero”, comenta. Ele ainda acrescenta que aprendeu com os livros de Agatha Christie que um autêntico romance policial deve revelar seu verdadeiro segredo apenas no último capítulo e, se possível, nas últimas linhas do livro.

 

Mas, de acordo com o autor de Cartas Marcadas, sua maior influência literária é John Grisham. A versão cinematográfica do livro A Firma foi seu primeiro contato com o autor e a partir daquele dia se tornou um grande fã e apreciador. Fez Faculdade de Direito, o que talvez tenha lhe aproximado ainda do autor. “A ficção dos livros e a realidade do dia a dia passaram a andar lado a lado e, aos poucos, a vontade de juntá-las em palavras foi ganhando vida. Assim, num belo dia acordei e simplesmente decidi: Vou escrever um livro. Foi o pontapé inicial para Cartas Marcadas”, explica.

 

 

Apesar da vontade, com os dias Sandro percebeu que para escrever um livro não bastava criatividade: Era necessário também disciplina. “E me vi muitas vezes sentado em frente do computador sem conseguir escrever uma linha sequer. A rotina do dia, família, filhos, trabalho e diversos compromissos disputavam e consumiam boa parte do tempo. Abandonei a escrita algumas vezes, mas, por alguma razão, a vontade de seguir em frente se mantinha viva”, afirma. Sentiu também necessidade de aprender mais sobre escrever um livro e foi quando conheceu a editora Izabel Aleixo, que com a sua experiência e sensibilidade lhe ajudou a conhecer melhor seus personagens e dar a eles “rosto, voz e vida”.

 

“Meu maior desejo é entreter e que o leitor chegue ao final dizendo ‘não acredito que ele é o assassino!’ Todo autor sonha que o leitor comece a primeira página e não consiga parar de ler até desvendar o mistério”, salienta. Sandro quer que as pessoas gostem do livro e, quem sabe um dia, o vejam na tela do cinema. “Afinal, John Grisham é a minha maior referência, certo?”, brinca.

 

Sobre planos de uma nova obra, Sandro conta que já tem uma história mais ou menos desenhada para um segundo livro. “Mas como um tradicional autor do gênero só conto o segredo na última página”, finaliza.

 

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Por Teca Machado