person writing a letter Muitos autores iniciantes cometem o erro de querer achar justificativas técnicas para cada expressão em sua obra, como se a arte precisasse, a todo o momento, ter um embasamento técnico. O efeito triste dessa pretensão é o comprometimento da beleza e do encanto de ideias, que poderiam ser muito mais atraentes se não tivesse sido submetidas a um draconiano processo de análise e escrutínio dentro do seu planejamento para a história em desenvolvimento.

O autor deve ter em mente que a escrita é uma arte, e uma racionalização excessiva da mesma acaba se tornando um obstáculo para se chegar a uma versão final da sua obra que seja atraente e que possa provocar diversos sentimentos no seu público alvo – e sem ser reduzida a um mero exercício de lógica.

Para evitar tal risco, o autor deve se limitar a recorrer a técnicas de escrita somente quando não conseguir fazer a história avançar, e estiver “atolado” em determinada passagem importante de sua narrativa. Técnicas são instrumentos à disposição do escritor que tem a finalidade de inspirá-lo, auxiliá-lo na organização de ideias e conceitos, e na avaliação do resultado alcançado. Quando essas técnicas engessam a sua criatividade, ou te induzem a estabelecer objetivos inalcançáveis, é o momento em que se tornam um problema a ser evitado para se assegurar o sucesso do seu livro.