A ideia para escrever o livro surgiu. Ótimo! Agora é só sentar e escrever, certo?
Quem dera fosse fácil assim!
Antes de tudo, o autor precisa pensar em alguns aspectos mais técnicos do livro, como o tempo verbal, o ângulo e o tipo da narrativa e, algo muito importante: O narrador.
Alguém precisa contar a história e essa pessoa pode ou não fazer parte do enredo. Depende do tipo que narração que o autor escolher.
Conheça aqui os três mais usados:
Narrador Observador
É quando o livro é escrito em terceira pessoa, que não tem nenhuma participação nos fatos ou sabe dos pensamentos ou passado dos personagens. É quem apenas observa tudo e relata o que acontece, de forma predominantemente neutra.
Muitos livros de suspense e romances policiais usam esse tipo de narração, porque geralmente são tramas com segredos e reviravoltas, que se o leitor já sabe de cara o que se passa na cabeça dos personagens pode descobrir antes da hora as surpresas.
Narrador Onisciente
A definição de onisciente é “aquele que sabe de tudo, pleno, que tem conhecimento infinito sobre tudo”. E assim é esse tipo de narração. Como ele conhece os fatos, além dos acontecimentos tem acesso aos sentimentos e pensamentos de todos presentes na obra.
Pode ser feito em terceira pessoa – um exemplo clássico é da saga Harry Potter, de J. K. Rowling – ou em primeira, com um personagem onisciente contando os acontecimentos, como no caso de A Menina Que Roubava Livros, de Markus Zusak, em que a narradora é a Morte, que está de certa forma de fora dos acontecimentos, mas sabe absolutamente tudo o que acontece.
Narrador Personagem
Em quase todos os casos de livros escritos em primeira pessoa o narrador pertence a essa categoria, já que ele é literalmente um dos personagens, na maioria das vezes o protagonista. Mas ele pode ser também coadjuvante ou outras pessoas que habitam o universo da trama principal.
Como é escrito em primeira pessoa, o leitor tem acesso aos pensamentos e aos sentimentos do personagem nesse estilo de narração, é quase como se entrasse na cabeça dele e vivesse junto os acontecimentos da história. E esse narrador pode ser apenas uma pessoa ou alternar a medida que capítulos passam, criando assim uma variedade de pontos de vistas.
Por Teca Machado
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