blog revisão protagonista darth vader optimus prime transformes star wars publicação livro publique seu editora albatroz escrita escrever ficção            O protagonista é o ponto que merece uma atenção especial em toda narrativa. Quando fala-se nas estruturas de um bom roteiro não é possível dissociar a imagem do herói da saga que se segue. O personagem fornece a visão pela qual o leitor terá interação com o mundo. Por mais que o narrador (que pode ser o protagonista ou não), forneça a descrição de mundo e emoções dos personagens, não podendo fornecer o meio pelo qual o leitor se torna ativo na saga. O herói, portanto, merece uma atenção redobrada em sua construção, pois é nele que o público “encarna” a aventura. É por meio de seus pensamentos, intenções, sentimentos e ações que o leitor, por fim, se torna o personagem.

Geralmente o conceito básico da história que o autor desenvolve (ou seja, o ‘pré-enredo’), já está estabelecido desde muito antes da escrita ir para o papel. Esse “conceito” pré-estabelecido do que será escrito já tem como base o protagonista, o início, (possivelmente) um ápice e um esboço de finalização. Dessas quatro partes, o que menos é revisado e sofre alguma alteração substancial é o protagonista. Isso acontece porque criamos a história para apresentar um personagem e não um personagem para apresentar uma história.

A realidade do protagonista

O protagonista não precisa ser o personagem mais querido do público (veja Darth Vader em Star Wars e Optimus Prime em Transformers). Mas apenas precisa criar uma ligação com quem lê. Como foi dito, o protagonista serve de porta de entrada. E muito além disso, como meio pelo qual o leitor interage com todo o enredo. Por isso é importante criar um protagonista condizente com a história. Se o ambiente criado para o livro é de uma Europa do Século XIV. Não adianta criar um Herói que tenha os espírito de alguém que queira lidar contra a “poluição de um futuro distópico do ano 2033”.

Por mais que os ‘heróis-protagonistas’ tenham um arquétipo. Ainda existem subcategorias que devem ser respeitadas para manter a coerência da narrativa. Um Herói Byroniano combina com as perspectivas de um mundo que passa por revolução intelectual e industrial. Um herói épico combina com grandes sagas medievais (por mais que tenha algum elemento futurista envolvido). Não adianta colocar Aquiles em Gotham City que a história não ficará bem desenvolvida. Quando se aconselha que um protagonista deva ser “realista”, não é realista em relação a nossa realidade de vida, mas sim em conformidade com a história que se segue. Reveja seu protagonista, reinvente se necessário, mas não deixe que sua história se perca por algum tipo de “teimosia literária”.

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