Você conhece bem o produto final: o livro. Mas sabe quais são os aspectos mais fundamentais e primitivos da produção de uma história? São as estruturas narrativas. Ao escrever um livro é preciso ter tudo isso em mente para que a história fique coesa e com qualidade.
A criação literária precisa contar com a estrutura e seus elementos: Tempo, espaço, personagens e foco narrativo.
O tempo pode ser cronológico e atual, com os acontecimentos em ordem e na realidade vivida pelo escritor. Há também o tempo histórico, com a história ganhando viés de outros séculos, tanto no passado quanto no futuro. Esses são os tempos mais comuns, mas existe também o psicológico, quando o passar do tempo é subjetivo, com os personagens ditando a passagem dos dias e a época em questão.
O elemento espaço tem um papel muito importante no desenvolver da história, pois muitas vezes ele mesmo é quase um personagem. O espaço pode ser dividido em três aspectos. O físico, que é o real, que serve de cenário a uma ação. Como o quarto, a sala, a rua, a cidade, o país e outros. O social, que se trata do momento político e de estrutura econômica onde os personagens vivem. É um governo totalitário, religioso, indiferente, é uma sociedade rica, pobre, igualitária, capitalista, comunista, pacífica? E o terceiro e último é o espaço psicológico, que é toda questão interna e de história de vida do personagem.
E os personagens na estrutura narrativa?
E por falar em personagens, eles são o elemento número três da narrativa. Existe o protagonista, também chamado de personagem principal ou herói, que tem papel fundamental no desenvolvimento da história. Os secundários são menos importantes do que o anterior, mas ainda assim ocupam um papel relevante no enredo e podem ser indispensáveis para que o protagonista alcance todo seu potencial. Os figurantes são irrelevantes para a ação em si, mas precisam preencher “espaços” em papeis que ilustram algo, como um vendedor, um motorista, uma pessoa na rua a quem se pediu informação. Não podemos deixar de falar sobre o vilão, ou antagonista. Nem toda história possui um, mas quando aparece é aquele que instiga o protagonista e “atrapalha” o enredo.
Por último, temos o foco narrativo, também conhecido como ponto de vista. Ele é a estrutura, o que compreende a perspectiva através da qual se conta uma história. É a posição do narrador, voz que articula a narração. Os dois focos mais conhecidos são o narrador observador e o personagem. O observador, como o próprio nome já diz, está fora da ação, tem uma perspectiva mais distante da história e não é um dos personagens. É geralmente chamado de narração em terceira pessoa. E o personagem, conhecido como primeira pessoa, é quando a voz do enredo de certa forma participa da história, sendo ele o protagonista ou não, e podendo ser mais de uma voz.
Antes de começar o seu livro, faça um check list com os elementos da sua estrutura. Defina bem o tempo, o espaço, os personagens e os narradores. Será muito mais fácil focar na parte criativa da sua história quando todos os outros aspectos já estão bem relacionados.
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