No processo de produção de um texto, é comum um autor (mesmo o mais experiente) se decepcionar com o resultado da história quando esta sai de sua mente e vai parar no papel. Dentre outros motivos possíveis, isso pode ocorrer devido ao fato de as mesmas estarem descontextualizadas, sem referências a quaisquer experiências ou conhecimentos que possam causar empatia em outros leitores que não o próprio escritor. Estando privadas das idéias, experiências e memórias próprias do autor, e com base nas quais foram concebidas, esses temas acabam não “sobrevivendo” à leitura do grande público, fazendo com que uma boa inspiração acabe resultando em fracasso.
Por isso, é importante que o escritor, ao produzir a sua própria história, esteja sempre muito atento à contextualização das principais idéias que se deseja apresentar no texto, de modo a que façam sentido e preservem a mensagem que se quer transmitir com a história. Uma estratégia oportuna, nesse sentido, é buscar se aprofundar nos referenciais culturais que cercam o tema que se escreve, lendo outras obras sobre temas similares e buscando entender como outros autores responderam a esse desafio da contextualização de suas idéias.
Isso não significa, em nenhuma hipótese, que haja uma limitação a priori em relação ao tema a ser desenvolvido, ou à ambientação/natureza das personagens que irão compor a história. Um bom exemplo disso são os filmes Guerra nas Estrelas, que, apesar de serem ambientados em “Há muito tempo, em uma galáxia muito distante”, apresentam ideias que são facilmente assimiláveis a qualquer pessoa de, virtualmente, qualquer cultura existente no planeta – como, por exemplo, os dramas no relacionamento entre pai e filho.
Outro bom caminho a ser trilhado é, antes de se dedicar de corpo e alma à escrita da história, submeter a(s) idéia(s) central(is) a outras pessoas, o que pode te trazer um retorno precioso sobre se você está sendo bem sucedido em suscitar as emoções e as reflexões que pretende com o seu texto.
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