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Uma pergunta que todo escritor iniciante faz é: por onde começar?

Algumas pessoas simplesmente têm uma ideia e começam a escrever, sendo sua técnica seguir o fluxo criativo. Isso é bom. Mas não acontece com muitos autores e muitos nem mesmo se sentem confortáveis trabalhando dessa maneira. Na verdade, a maioria precisa de um pouco mais de ordem e estrutura para escrever um livro. E para Tales Gubes, criador do Ninho De Escritores, projeto voltado para pessoas que desejam escrever, um dos segredos é seguir três etapas: Planejamento, escrita e edição.

Vamos conhecer um pouco mais sobre elas.

Planejamento

É um desenho do que será escrito, uma espécie de roteiro, onde o espaço e o tempo são para criação de personagens, tramas, caminhos e enredos. Segundo Tales, é onde definimos o que queremos comunicar e expressar.

“Escrever uma história sem planejar é como viajar sem mapa. É super possível, é provável que vivamos experiências incríveis e vejamos cenários fabulosos, mas no final do dia teremos uma coleção de cenas e vivências separadas e não uma linha que nos leve de um ponto a outro”, afirma o escritor.

Escrita

É a mão na massa, a parte operacional. Muitas pessoas pensam que essa a é única parte que realmente importa na construção de um livro, mas todas as etapas do processo são essenciais.

De acordo com Tales, a escrita de uma história é composta por pelo menos dois campos: da narrativa e da linguagem.

A narrativa é a parte responsável por prender o leitor. É aí que é criada a empatia com os personagens, principalmente os protagonistas, assim como com a jornada do herói, com seus conflitos e lutas internas e externas. É no planejamento que essa área é criada.

Já o campo da linguagem significa o poder estético de uma história, qual será o seu tipo de escrita, narração, estilo e tudo mais o que envolve esse universo gramatical. É possível planejar isso também, mas é um tanto mais complicado.

Tales ainda destaca mais um campo que ele gosta de chamar de sociocultural, que é como os outros dois – narrativa e linguagem – dialogam com o mundo real.

Edição

Importantíssimo, porque é quando o escritor revisa tudo o que foi para o papel. É hora de melhorar, cortar, reescrever, refazer e lapidar o texto. É bom que o próprio escritor trabalhe a edição da obra, mas também é bom que uma segunda – ou mesmo até terceira – pessoa leia e edite o material.

Fiquei atento a essas três etapas, mas lembre-se: O mais importante de tudo isso é que a história seja coerente, clara e coesa.

Por Teca Machado