Ernest Hemingway, além de ser um excelente escritor, deu dicas valiosíssimas de escrita.

Não existe certo ou errado na hora de contar uma história. Cada autor tem uma maneira própria de escrever.

Sendo assim, quando falamos aqui no blog, são sempre dicas de escrita e sugestões, não regras inflexíveis que você precisa seguir se deseja ser um autor de sucesso. Portanto, absorva aquilo que é bom e encaixa com você e siga em frente.

Agora, veja aqui dicas de escrita de grandes escritores.

1- Metáforas, não descrição

Anton Tchekhov disse: “Não me diga que a lua está brilhando; mostre-me o cintilar da luz em um vidro quebrado”.

Ou seja, melhor do que simples descrições, enriqueça o texto com metáforas, imagens e ações.

2- Tudo tem um motivo

Tchekov mais uma vez aparece aqui: “Se no primeiro ato você tem uma pistola pendurada na parede, então, no último ato você deve dispará-la”.

Segundo ele, tudo o que é mostrado no enredo precisa ter uma utilidade, estar lá por alguma razão.

3- O iceberg

Ernest Hemingway já foi citado aqui no blog diversas vezes, porque além de ser um escritor consagrado, deu dicas incríveis de como escrever melhor. Segundo ele, “o movimento do iceberg é digno de respeito porque apenas um oitavo dele pode ser visto fora da água”.

Essa é Teoria do Iceberg ou Teoria da Omissão. Isso significa que no enredo devemos mostrar apenas o necessário e deixar com que o leitor construa sozinho o restante, trabalhando muito o subtexto e entrelinhas. Assim, você cria suspense e o deixa engajado.

4- Deixe fluir

Stephen King, mestre do terror, tem algumas normas que gosta de seguir:

“Lembre que a regra básica do vocabulário é: use a primeira palavra que lhe vier à cabeça, se for adequada e interessante. Se hesitar e ponderar, você vai encontrar outra palavra — claro que vai, sempre existe outra palavra —, mas é bem provável que ela não seja tão boa quanto a primeira, ou tão próxima do que você realmente quer dizer.

Ele também diz que devemos diminuir o uso de adjetivos e cortar advérbios e locuções adverbiais.

5- Não pense, sinta

Chuck Palahniuk, autor de O Clube da Luta e professor de escrita criativa nos EUA, afirma que um dos segredos para um texto interessante é substituir os verbos de pensamento — achou, pensou, soube, entendeu, percebeu, acreditou, quis, lembrou-se, imaginou, desejou — por detalhes sensoriais — ações, cheiros, gostos, sons e sensações.

Assim o leitor vai ficar muito mais envolvido e imerso na sua história.

Por Teca Machado