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Na literatura, o prenúncio, também chamado de foreshadowing, é um recurso literário usado para indicar eventos futuros na história. Isso pode ser útil para criar suspense, desenvolver o enredo e adicionar nuances. Por exemplo, se o assassino acaba sendo um personagem a quem nunca fomos apresentados, o leitor pode se sentir insatisfeito ou até mesmo confuso.

 

Foreshadowing é usado por autores para dar dicas, tanto diretas quanto sutis, sobre o que acabará acontecendo em uma história para construir seus enredos e adicionar dimensão às suas histórias. Autores da literatura clássica, como Shakespeare e os dramaturgos da Grécia Antiga, frequentemente contavam ao público desde o início como suas obras terminariam ou usavam profecias e presságios.

 

Ele é um elemento da trama que sugere algo que está por vir mais tarde na história. Há muitas razões para usar o prenúncio na escrita, incluindo criar suspense, despertar a curiosidade e preparar o leitor para aquele momento “aha”.

 

Calma, o prenúncio não é spoiler. O prenúncio destina-se a aumentar o suspense, não eliminá-lo. Ele sugere o que acontecerá no futuro, mas um spoiler diz explicitamente ao leitor o que acontece. Ele também não é projetar o leitor no futuro da história. É dar um “gostinho”. Além disso, não é uma pista falsa.

 

Tipos de prenúncio

 

Prenúncio direto (aberto)

 

O prenúncio direto é explícito sobre o que é. Quando um narrador diz algo como: “Mal sabia eu. . .” o personagem está prestes a divulgar algo que acontece depois.

 

Prenúncio direto também pode aparecer em uma introdução, um prefácio até mesmo um título. Um bom exemplo é em Assassinato no Expresso do Oriente, de Agatha Christie, que prenuncia diretamente que haverá um assassinato em um trem chamado Expresso do Oriente.

 

Prenúncio indireto (encoberto)

 

O prenúncio indireto é uma dica sutil sobre o futuro. Muitas vezes, o prenúncio indireto pode ser tão subestimado que passa despercebido pelo leitor até que o evento posterior aconteça, o que leva a esse momento de “aha” e até mesmo querer voltar as páginas para ver como deixou isso passar.

 

Quando usar um prenúncio

 

Título

 

Por que não começar pelo começo? O título de um livro pode fornecer uma grande dica sobre o que vai acontecer no enredo do livro. Por exemplo, os leitores de O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei estão preparados para o retorno do rei. Morte no Nilo sugere que haverá uma morte no Nilo.

 

Diálogo

 

O diálogo também pode ser uma ótima maneira de incluir prenúncios indiretos na forma de uma piada ou comentário improvisado. Digamos que Mary diga a Sally que ela só conseguirá uma promoção se seu chefe se ausentar por um longo período e, mais tarde na história, seu chefe se ausentar por mais tempo. No diálogo, pode ter parecido uma forma exagerada de dizer que a ocorrência é improvável, mas quando o patrão realmente sai de licença, o leitor relembra aquele momento e o compreende de uma nova maneira.

 

Simbolismo

 

Os escritores podem usar simbolismo e motivos para criar prenúncios mais conceituais. No conto de Nathaniel Hawthorne, “Young Goodman Brown”, a rejeição do personagem principal ao puritanismo é prenunciada usando o simbolismo associado ao diabo. Por exemplo, em uma caminhada de pesadelo pela floresta, ele encontra um homem com um cajado em forma de cobra.

 

Consegue lembrar de exemplos de prenúncio? Já escreveu algum?

 

Fonte: Grammarly blog – com adaptações

 

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Por Teca Machado