Imagine um mundo em que os livros são proibidos? Terrível, não? Esse é o tema da obra Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. Mas não é sobre isso que vamos falar aqui hoje (mas todos deveriam ler!), e sim sobre outro livro do autor, Zen e a Arte da Escrita, em que ele discorre sobre processo de criação, sua relação com a literatura e também dá dicas e sugestões para autores iniciantes ou nem tanto assim. E ele tem propriedade para comentar o assunto, já que foi contista, romancista, poeta e roteirista.
1 – Divirta-se:
Bradbury dedica um ensaio inteiro, com várias páginas, para relembrar a importância do prazer ao escrever, da diversão no momento de criação. Se preocupar apenas com o mercado editorial, ao invés de amar contar sua história te faz um meio autor.
2 – Experimente e viva:
Qualquer situação que você viver pode servir de fonte literária, basta estimular esse tipo de olhar. A vivência é uma grande fonte para a criação e mesmo anos depois de ter passado pela experiência, é possível escrever sobre ela.
3 – Alimente a inspiração:
De acordo com o autor, é preciso se alimentar para manter a criatividade viva. Vivencie “sons, cheiros, sabores e texturas de pessoas, animais, paisagens, eventos”. Mas a dica mais importante é a de ler muito. Bradbury destaca que tudo é válido, de leituras comprometidas a leituras não tão comprometidas, de trabalhos de alta qualidade aos de baixa qualidade. Não se deve ser tão severo ou rígido sobre o que ler. Leia o que der vontade, sem se sentir culpado ou julgado.
4 – Mesmo sem saber pra onde ir, continue:
“Bêbado e no comando de uma bicicleta” é a metáfora que o autor utiliza para dizer que não há um caminho certo e sem turbulência, desequilíbrio, medo e insegurança. O importante é permanecer em cima da bicicleta e continuar pedalando, ou seja, continuar escrevendo.
5 – Estabeleça uma meta:
Escrita precisa de rotina. O ideal é estipular uma meta diária de escrita. Bradbury, antes de ter sucesso em sua carreira, estabeleceu o mínimo de cem palavras por dia e de um conto por semana.
6 – Seja autêntico:
É comum escritores em início de carreira se inspirarem em autores que gostam e que são bem-sucedidos e terem seu trabalho afetado por isso. Segundo Bradbury, a imitação faz parte da aprendizagem, mas é preciso que esse aspecto seja apenas o início para em seguida achar seu próprio caminho.
7 – Êxito vem com trabalho:
Trabalhe bastante e não fique pensando sobre o retorno desse esforço. Além disso, não julgue arduamente sua obra e aproveite o processo de criação. O sucesso vem com trabalho contínuo, já o fracasso vem da desistência. Se o artista persiste com seu trabalho, então ele está em processo de lapidação.
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