Sinopse

As rebeliões do período regencial foram movimentos contra as autoridades provinciais e o governo central do Império. Desses motins e levantes participaram grupos sociais até então marginalizados do processo político, com ampla participação popular, principalmente das camadas sociais mais humildes, quase sempre manipuladas pelas classes ricas na defesa de seus interesses. Esses movimentos configuraram personagens como lavradores sem terra, remadores, pobres urbanos, trabalhadores domésticos, pedreiros, sapateiros, alfaiates, ferreiros, armeiros, barbeiros, vendedores ambulantes, carregadores de cadeira, libertos, soldados, artesãos, vendedores de rua, e, em alguns casos, até mesmo escravos. A Bahia nessa fase tornou-se uma das regiões mais agitadas do país,vivendo conflitos e revoltas, motins contra portugueses, quebra-quebras e saques populares, rebeliões liberais, federalistas e levantes de escravos.
Todos os seguimentos da sociedade estavam presentes nesses movimentos, que além das dificuldades econômicas, enfrentavam a arrogância e a discriminação racial dos brancos e europeus. Foi nesse clima que surgiu a rebelião negra na noite do dia 24 para 25 de janeiro de 1835, quando um grupo de africanos, escravos e libertos, ocupou as ruas de Salvador, Bahia, e durante mais de três horas enfrentou soldados e civis armados. Os organizadores do levante eram malês, termo pelo qual eram conhecidos na Bahia da época os africanos muçulmanos.

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Ficha Técnica

Título do livro: A Vida Numa Noite
Autor: Francisco Duque
Ano de publicação: 2016
Formato: 14×21
ISBN: 978-85-68878-84-2