Há alguns dias um autor me procurou pedindo um serviço de revisão. Quando respondi o e-mail dele perguntando sobre prazo e informando o valor do serviço, ele se espantou, pois achava que eu faria tudo de graça. Apesar de esse caso ter sido extremo, vejo muitos autores se enveredarem no mercado editorial sem ter a mínima ideia de como lidar com seu original, sabendo apenas que querem publicar um livro.
Já disse aqui que muitos originais ficam perdidos nas editoras comerciais e que está cada vez mais difícil ter o livro publicado pelos meios tradicionais (isto é, quando a editora arca com os custos de produção e ganha sobre a venda). Isso acontece por uma série de razões, sendo uma crucial: a baixa aposta do mercado em obras nacionais.
Embora eu acredite que o brasileiro está lendo mais, a literatura estrangeira ainda é líder no ranking dos maislivros mais vendidos. E trata-se de um círculo vicioso, as editoras não apostam em muitos autores brasileiros e estes, por sua vez, são pouco lidos e procurados.
Mas para quem deseja publicar um livro pela simples satisfação de ter sua obra nas mãos e poder compartilhá-las com leitores interessados, o caminho da autopublicação é ideal. E explico por quê: publicar um livro contratando uma editora sob demanda tem uma série de vantagens.
1- Você decide
Esta é uma modalidade que vem dando muito certo no mercado: você contrata uma editora e ela cuida de todo o processo editorial do livro para você, da avaliação da obra à impressão. Por outro lado, nenhuma decisão é tomada sem seu conhecimento. Tudo passa pela aprovação do autor: da escolha do papel à capa – o que não ocorre nas editoras comerciais.
2- O prazo é cumprido
Após assinar o contrato, o tempo começa a correr. E o melhor: ele é cumprido. A editora se compromete com aquele prazo e entrega o produto na data acordada. Em editoras comuns, o cenário é diferente, a programação pode mudar a qualquer momento.
3- O tratamento é exclusivo
Infelizmente, o volume de trabalho impõe aos editores um ritmo alucinante e quase nunca é possível dar uma atenção especial aos livros que estão sob sua responsabilidade – vide a editora que publicou o mesmo capítulo em dois livros diferentes por engano. No caso das editoras contratadas, é um pouco diferente. Colaboradores conseguem dar mais atenção aos livros que chegam e trabalhar neles com mais calma, pois não há a pressão da editora de fazer outros quarenta no mesmo mês.
4- O retorno das vendas é 100% seu
Se por um lado não há o serviço de distribuição, por outro o autor não fica apenas com os 10% usuais praticados pelo mercado, mas sim com 100% das vendas. Após a entrega do produto, o retorno é todo dele. É claro que vai depender muito do trabalho de divulgação feito para o livro, mas a editora pode ajudar nisso, fazendo um lançamento do seu livro, por exemplo.
5- Querer é poder
Ao decidir investir na publicação do seu livro, você não só alcança a realização pessoal, como também a vida de outras pessoas. Livros têm o poder de mudar a perspectiva do outro, de inspirar, de ensinar… e de transmitir conhecimento, umas das maiores riquezas humanas, ao meu ver. Por isso, se você tem o desejo de publicar um livro, saiba que não só pode, como deve. Publicar é espalhar conhecimento!
Não entendo o porquê de editoras grandes e famosas só publicarem livros de autores já consagrados. Sabemos que ninguém nasce famoso, exceto os herdeiros do trono da Inglaterra.
Vejam o caso de J. K. Rowling, que teve seu livro “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (o primeiro livro da série) recusado por grandes e famosas editoras. Hoje se sabe que as aventuras de Harry Potter já venderam mais de dois bilhões de exemplares, sem falar nos filmes, que foram assistidos por bilhões de espectadores. Imaginem a decepção dos editores que recusaram a publicação de Harry Potter porque, na época, a autora não era famosa!
Quando o autor é desconhecido, ele corre atrás das editoras, mas quando fica famoso são as editoras que correm atrás do autor.
Infelizmente, é assim que funciona!
Concordo. A maioria não tem intuição pra perceber o valor de uma obra, então vão pelos medalhões ostentados pelo produtor ( fama, titulos, etc). Sem capacidade para julgar vão pela aparência.